novembro 30, 2011

A PARÓQUIA CELEBROU 11 ANOS: VIVA!!!

A Paróquia São José Operário festejou no dia 27 de novembro de 2011 na matriz 11 anos de paróquia.
Também comemoramos o aniversário de quatros anos de ordenação do nosso querido e amado adminstrador paroquial: Pe. André de Paiva Oliveira, PF.



A PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO VIVENCIOU UMA MANHÃ CHEIA DA BÊNÇÃOS DE DEUS

Por Keli Ferreira dos Santos


Ocorreu no dia 26 de novembro de 2011 às 10h  na comunidade Nossa Senhora Aparecida a formação de quarenta crianças da turma de catequese das comunidades da paróquia. Estas receberam pela primeira vez o CORPO  e SANGUE de CRISTO.

A Paróquia São José Operário parabeniza aos catequistas que persistiram e estiveram unidos com as crianças durante os dois anos, que bênçãos e graças sejam derramadas na vida das Catequsitas da paróquia. 

novembro 18, 2011

REINO DE DEUS É DOM E TAREFA

No próximo domingo, a Igreja comemora a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. É o último domingo do ano litúrgico, que nos coloca na perspectiva do futuro e da realização plena do desígnio criador de Deus e de suas promessas. Para aonde peregrinamos nesta vida? Para aonde se encaminha o mundo?

A resposta da Igreja, baseada na Palavra de Deus, é esta: todos nós e tudo o que existe se encaminha para o encontro com Jesus Cristo, Salvador e Senhor, para a manifestação plena da redenção. E isso significa a participação no Reino de Deus em sua plenitude. O título de “Cristo-Rei” é tomado da linguagem humana para nos ajudar a compreender algo do que é o Reino de Deus e de como reina o Cristo-Senhor.

O Reino de Deus, é claro, não tem os defeitos dos reinos da terra e nele se encontra a perfeição de tudo o que já existe de bom nesse mundo; para começar, o Soberano Senhor é justo, misericordioso, bondoso, providente, amoroso... Seu reino é de vida, alegria, amor e paz, fraternidade, beleza, encanto... “A morte não existirá mais e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,4). Nem haverá mais divisão entre reinos e países, nem guerras para disputar o poder e impor a hegemonia aos outros, nem especulação financeira... Deus será tudo em todos; será, finalmente, “meu único verdadeiro bem”, como dizia São Francisco; e estar na sua companhia, será a plena saciedade para o homem.

sso pode parecer sonho distante para quem não tem fé. Mas essa é a esperança dos cristãos, bem fundada na Palavra de Deus. O Reino de Deus é o dom maior, o dom completo de Deus ao homem. Não é sonho distante, pois o Filho de Deus veio ao encontro de todo homem e, com ele, o Reino de Deus já irrompeu nesse nosso mundo. Jesus começa a sua pregação, anunciando e convidando: “o Reino de Deus está próximo! Convertei-vos e crede no Evangelho!” (cf Mc 1,15). Acolher o Reino de Deus e entrar nele requer mudança de vida, é novidade boa, é a melhor escolha para o homem!

De muitos modos, Jesus anunciou e mostrou que o Reino de Deus já estava se manifestando em sua pessoa e ação; os males eram superados (“os cegos veem, os surdos ouvem, os doentes são curados...”), o pão e o peixe eram partilhados, o perdão era dado, os excluídos eram buscados, o inimigo do Reino de Deus era vencido e expulso... A todos era apresentado o jeito novo de viver, para aderir ao Reino de Deus, como vemos nas bem-aventuranças, nas parábolas do reino, no mandamento novo; o próprio exemplo de Jesus e seu modo de viver mostram o “jeito” das coisas no Reino de Deus. Aos fariseus, que perguntam sobre o momento da chegada do Reino de Deus, Jesus responde: “o Reino de Deus já está entre vós!” (cf Lc 17,21).

Jesus convida a ser discípulos do Reino de Deus e a conformar a vida com o jeito do Reino de Deus, que é dom e graça, mas também é tarefa e missão. Todos são chamados a ser como o fermento e o sal, permeando toda realidade deste mundo com a força transformadora e com o sabor novo do Reino de Deus; ou como a luz, que ilumina toda realidade deste mundo, dando-lhe nova compreensão. Enfim, somos todos chamados a ser operários na messe, obreiros laboriosos na vinha do Senhor, pescadores incansáveis, servidores e administradores fiéis dos bens do Reino de Deus, testemunhas corajosas, convivas dignos e felizes no banquete do reino...

A solenidade de Cristo Rei também é comemorada no Brasil como o Dia dos Leigos e Leigas, bem lembrando que todos os batizados formam esse povo novo que adere ao Reino de Cristo e de Deus e são chamados a se alegrar com essa graça tão grande que Deus faz aos homens. Ao mesmo tempo, todos são missionários do Reino de Deus, enviados para o meio do mundo para testemunhar e anunciar, de muitas maneiras, que o Reino de Deus já chegou; aderir a ele e viver conforme o jeito do reino é um grande bem para o mundo, a melhor coisa que pode acontecer!
Publicado no jornal O SÃO PAULO, edição de 17/11/2011

Arcebispo de São Paulo

OLHAR EPISCOPAL - EDIÇÃO 15


LEIGOS E LEIGAS NO PROTAGONISMO DA EVANGELIZAÇÃO
Por dom Milton Kenan Junior

A expressão não é nova, ela surge na Conferência de Santo Domingo (1992): “Que todos os leigos sejam protagonistas da Nova Evangelização, da promoção humana e da cultura cristã.” (n.97) (...) “Um laicato, bem-estruturado com formação permanente, maduro e comprometido, é o sinal de Igrejas Particulares que têm tomado muito a sério o compromisso da Nova Evangelização.” (n.103).
Hoje, talvez, precisássemos recuperar a intuição que o Episcopado Latino-americano assumiu, na Conferência de Santo Domingo, quando fala do “protagonismo dos leigos”; embora na Conferência de Aparecida essa expressão não apareça nenhuma vez. Falar de protagonismo, é falar do lugar de importância que os leigos têm na ação evangelizadora, é falar do seu papel insubstituível, imprescindível, na transformação da realidade que vivemos, marcada pela exclusão e pela violência.
Os leigos são protagonistas, afirmaram os bispos em Santo Domingo, ou seja, são os agentes principais no esforço da Igreja em dialogar com o mundo e apresentar os valores do Evangelho num tempo de tantos contra-valores.
Nesse sentido, o Documento de Aparecida e agora o das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, DGAE 2011-2015, ressaltam dois princípios de grande valor e importância.
O primeiro princípio é o da corresponsabilidade. Leigos e Leigas devem participar, como sujeitos, com vez e voz, na elaboração dos programas pastorais, nos centros de discussão e decisão nas Igrejas Particulares. Referindo-se ao projeto pastoral da Diocese, o Documento de Aparecida afirma: “Os leigos devem participar do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da execução.” (n.371). Não podem, portanto, verem reduzida a sua participação apenas ao momento de encaminhar e realizar os programas, mas sentirem-se participantes desde o início, por força da sua condição de cristão batizado, habilitado pelos sacramentos do Batismo e da Confirmação, a participar plenamente da vida da Igreja.
É ainda o Documento de Aparecida que esclarece: “A evangelização do Continente, dizia-nos o papa João Paulo II, não pode realizar-se hoje sem a colaboração dos fiéis leigos. Hão de ser parte ativa e criativa na elaboração e execução de projetos pastorais a favor da comunidade. Isso exige, da parte dos pastores, maior abertura de mentalidade para que entendam e acolham o “ser” e o “fazer” do leigo na Igreja, que por seu batismo e sua confirmação é discípulo e missionário de Jesus Cristo.” (n.213).
As DGAE 2011-2015 ressaltam: “Os leigos, corresponsáveis com o ministério ordenado, atuando nessas assembleias, conselhos e comissões, tornam-se cada vez mais envolvidos no planejamento, na execução e na avaliação de tudo que a comunidade vive e faz.” (n.104.c).
O segundo princípio é o da missão. Os Documentos do Episcopado Latino-americano afirmam exaustivamente que o campo específico da ação dos leigos e leigas é o das realidades onde vivem e trabalham, ou seja, é o mundo da família, do trabalho, da cultura, da política, do lazer, da arte, da comunicação, da universidade etc.
Em função disso, “a formação dos leigos e leigas deve contribuir, antes de mais nada, para sua atuação como discípulos missionários no mundo, na perspectiva do diálogo e da transformação da sociedade. É urgente uma formação específica para que possam ter incidência significativa nos diferentes campos, sobretudo ‘no vasto mundo da política, da realidade social e da economia, como também da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos meios de comunicação e de outras realidades abertas à evangelização’ (EN 70).” (DAp 283).
As DGAE 2011-2015 incentivam a participação social e política dos cristãos leigos e leigas nos diversos níveis e instituições, nos Conselhos de Direitos, em campanhas e outras iniciativas que busquem efetivar a convivência pacífica, no fortalecimento da sociedade civil, e de controle social. Destaca também a participação na busca de políticas públicas que ofereçam as condições necessárias ao bem-estar de pessoas, famílias e povos; e a formação de pensadores e pessoas que estejam nos níveis de decisão evangelizando com especial atenção e empenho. (cf. n.115-117).
Entre os diversos espaços em que a presença dos leigos e leigas, hoje, é imprescindível destacam-se: o mundo universitário, o mundo da comunicação, e a presença pastoral junto dos políticos e formadores de opinião no mundo do trabalho, dirigentes sindicais e comunitários (n.117).
Há, portanto, no pensamento dos bispos latino-americanos e brasileiros uma condição e uma exigência para o protagonismo dos leigos. A condição é de que leigos e leigas possam ocupar o lugar que lhes cabe na vida das comunidades, sentindo-se, de fato, como sujeitos corresponsáveis na elaboração e realização de projetos e programas de evangelização. E a exigência é a sua atuação evangélica nas realidades onde vivem e atuam, para que à semelhança do fermento possam levedar toda realidade humana com a força do Evangelho.
Este é o grande desafio que hoje não só leigos e leigas enfrentam, mas todo o corpo eclesial: superar o conceito de leigo como inferior, subalterno e destinatário da ação evangelizadora; e formar leigos e leigas para que possam, nas realidades que lhe são específicas, agir como agentes eclesiais, discípulos missionários de Jesus Cristo.
Ao falar do protagonismo dos leigos é indispensável falar de verdadeira conversão pastoral, como é proposta pelo Documento de Aparecida, no espírito da comunhão e libertação (cf. n.368), ultrapassando uma pastoral de mera conversão para uma pastoral decididamente missionária (n.370).
Oxalá leigos e leigas possam exercer seu protagonismo na vida de nossas comunidades eclesiais e assumirem com renovado entusiasmo sua missão nas realidades onde, na sua maioria e na maior parte do seu tempo, estão. Isso exige coragem! O Espírito de Deus certamente não lhes faltará!

Dom Milton Kenan Junior
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Brasilândia
Blog - http://kenanepiscopal.blogspot.com

novembro 14, 2011

ENCONTRO DE CASAIS EM CRISTO: 18 A 20 DE NOVEMBRO DE 2011

Nossos Caminhos
Diácono Nelsinho Corrêa


Nossos caminhos não se cruzaram por acaso

Pois Deus no Seu carinho te queria a meu lado

Eu te amo, tu me amas

Há entre nós a mesma chama, a chama do amor

Há entre nos a chama da fé:

Cremos em Deus, a fonte do nosso amor

Cremos em Deus

Deus abençoa esta nossa união

Maria mãe tão boa nos estenda sua mão


Por keli Ferreira dos Santos



A Paróquia São José Operário promove o Encontro de Casais em Cristo, nos dia 18 a 20 de novembro de 2011 na comunidade Nossa Senhora Aparecida. Serão três dias de bênçãos e graças para estes casais.



*Comunidade Nossa Senhora Aparecida*
Endereço: Rua Eduardo Costa - 48 - Jardim Damasceno
São Paulo-SP- Cep: 02879-110






novembro 10, 2011

O QUE EPERAR, ALÉM DA VIDA NESTE MUNDO?


É bem pedagógica a Liturgia da Igreja. Ao longo do ano, são celebrados os grandes Mistérios da Fé no rito, na Palavra de Deus e no Sacramento; e assim, a Liturgia não celebra apenas coisas do passado, mas nos envolve na ação de Deus, que acontece hoje e naquilo que Deus ainda realizará no futuro. E nós podemos aderir à ação de Deus mediante a fé e o testemunho de vida; esses, por sua vez, nutrem-se nos Mistérios da Fé.

 Enquanto o ano litúrgico já vai chegando ao fim, somos convidados a olhar para as realidades escatológicas da nossa fé, que são também o objeto da esperança cristã: a morte, o julgamento de Deus, a vida eterna, o paraíso e a felicidade plena junto de Deus – na “Jerusalém celeste”, conforme a bela imagem usada no Apocalipse para falar do céu (cf Ap 21,2.10). A festa de Todos os Santos nos lembra: para essa cidade, também nós caminhamos “pressurosos”, apressados; ainda peregrinamos pelas estradas da vida “na penumbra da fé”, mas já entrevendo a luz da glória celeste; essa já se manifestou em Jesus Cristo ressuscitado e nos santos do céu.
De fato, como cristãos, estamos com os pés bem plantados na terra e devemos ser operosos na prática do bem durante esta vida, como bons trabalhadores na vinha do Senhor, operários na sua messe, gratos colaboradores na sua obra, zeladores atentos e responsáveis do mundo confiado a nós. Ao mesmo tempo, porém, nosso coração e nossos olhos já estão voltados para “as realidades celestes”, que nos oferecem um horizonte de compreensão nova e de esperança grande, uma meta que vai além dos bens que este mundo já nos pode oferecer. Nós não cremos só para esta vida e para as realidades presentes: “se é só para esta vida que pomos a nossa esperança em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de compaixão” (1Cor 15,39).

Somos pessoas de esperança; não apenas de esperança humana, que se esgota nas realizações humanas. Somos animados pela esperança grande, sobrenatural, que decorre diretamente da fé e da fidelidade de Deus – verdadeiro, justo e bom. Essa esperança é uma virtude sobrenatural, ligada ao fato de sermos, já neste mundo, “filhos de Deus” (cf 1Jo 3,1-3). E só Deus pode satisfazer essa esperança sobrenatural. Ela nos dá força, coragem e perseverança na prática do bem, da justiça e da retidão, mesmo nas maiores dificuldades, ou quando não parece haver mais motivos humanos para isso. Cremos em Deus, por isso esperamos; e agimos em conformidade com nossa fé e nossa esperança.

A solenidade de Todos os Santos nos convida a elevar nossos olhos e contemplar, na fé, a “cidade celeste”, a “Jerusalém do alto”, onde a multidão dos santos vive junto de Deus. E quem acaso “viu”, para poder nos contar? São João responde: “o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai; ele, que desde sempre viu, nos veio contar (cf Jo 1,18). Jesus Cristo usou muitas imagens para falar do céu: reino de Deus, casa do Pai, banquete e festa, vida feliz na comunhão com Deus... Sempre deu a entender que o céu é a coisa melhor que podemos desejar na vida; e a exclusão dele é a pior desgraça que pode sobrevir ao homem! Também São Paulo fala de sua experiência mística das coisas celestes, descritas por ele como belíssimas, inimagináveis. (cf 2Cor 1-6); e afirma que “os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais imaginou aquilo que Deus preparou para aqueles que o amam” (cf 1Cor 2,9).

A fé cristã, portanto, afirma corajosamente a redenção plena e radical do ser humano. É uma pena, e é tão pobre, que às vezes se relacione e reduza a prática religiosa apenas à busca de alguma vantagem para esta vida; pior ainda, quando se faz da religião um mecanismo mágico na busca da prosperidade material, a ser obtida com uma espécie de relação comercial com Deus... Também é pobre, e é ruim, converter a religião em instrumento ideológico, na busca e afirmação do poder e vaidades sociais e políticas.

A prática religiosa honesta e fiel, por certo, também atrai a bênção de Deus para esta vida e tem consequências inquestionáveis para o convívio social. Seu objetivo final, no entanto, nunca poderá ser reduzido a uma realização humana e histórica, mas se projeta para a esperança grande, para o futuro de Deus, para aquilo que só Ele pode nos dar. E nós o acolhemos com superabundância, louvor e alegria!
Publicado no jornal O SÃO PAULO, edição de 08/11/2011


Arcebispo de São Paulo

novembro 08, 2011

OLHAR EPISCOPAL - EDIÇÃO 14


A PRIORIDADE DA ORAÇÃO
Por dom Milton Kenan Junior




No final de mais um ano é justo perguntar-se sobre as metas atingidas, as dificuldades encontradas e o caminho percorrido e a percorrer para realizar os projetos e alcançar os objetivos que nos propomos.

É importante que este trabalho se faça a nível pessoal, ou seja, que cada um tenha a capacidade, ao aproximar-se do final de mais um ano, de se perguntar: Como vivi? O que tenho buscado? Quais os meios tenho utilizado para realizar os ideais da minha vida? Mas, é tão importante que este exercício seja feito também em nível comunitário, que cada comunidade se interrogue sobre sua caminhada, os objetivos pastorais que definiu e como os têm alcançado, os meios que utiliza para cumprir a sua missão etc.

Nesse sentido, será importante que nós nos interroguemos sobre as nossas motivações, ou seja, os princípios que norteiam nossa vida e nossa ação.

Dentro dessa perspectiva, penso que será oportuno nos perguntarmos sobre a qualidade de nosso relacionamento com Deus e, por consequência, de nossa oração.

No início do novo milênio, o Beato João Paulo II, na sua “Carta Novo Millennio Ineunte” (No início do Novo Milênio) propunha à Igreja no limiar do novo milênio a “pedagogia da santidade”, como também falou da “arte da oração”. Assim se expressava o Beato João Paulo II: “Não será porventura um ‘sinal dos tempos’ que se verifique hoje, não obstante os vastos processos de secularização, uma generalizada exigência de espiritualidade, que em grande parte se exprime precisamente numa renovada carência de oração?” (n. 33).


Mais adiante, na mesma carta, o Beato João Paulo II diz que se não se considera o primado da graça, a necessidade da oração, “não nos podemos maravilhar se os projetos pastorais se destinam a falir e deixam na alma um deprimente sentido de frustração. Repete-se então conosco aquela experiência dos discípulos narrada no episódio evangélico da pesca milagrosa: ‘Trabalhamos durante toda a noite e nada apanhamos’ (Lc 5,5). Esse é o momento da fé, da oração, do diálogo com Deus, para abrir o coração à onda da graça e deixar a palavra de Cristo passar por nós com toda a sua força: Duc in altum!” (n.38).


Como se vê, o que dá sustentação e garante a “eficácia” de nossas iniciativas não são apenas os projetos que elaboramos, os recursos que dispomos, os meios que utilizamos, mas, sobretudo, o tempo que dedicamos à oração, à escuta da Palavra, a meditação que fazemos do Evangelho e sua aplicação na nossa vida.


Hoje, certamente para muitos, Jesus continua a fazer a mesma censura que fez a Marta que o hospedara em sua casa: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”. (Lc 10, 41-42)


O que fez Maria? O que ela escolheu? Escolheu permanecer aos pés do Mestre, escutando-o, deixando-se iluminar pela sua Palavra, para a partir daí dedicar-se de corpo e alma aos seus afazeres.


Semelhante foi também a experiência dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24,13-35). Retornavam transtornados de Jerusalém; estavam aflitos, abatidos, frustrados e cansados. Bastou o Senhor aproximar-se deles e dirigir-lhes sua Palavra e seus corações ardiam e, reconhecendo Jesus no partir do pão, voltaram às pressas a Jerusalém, para anunciar aos apóstolos a alegria do encontro com Jesus Ressuscitado!


O Beato Papa João Paulo II ainda na Carta “Novo Millennio Ineunte”, observa: “Mas a oração, como bem sabemos, não se pode dar por suposta; é necessário aprender a rezar, voltando sempre de novo a conhecer essa arte dos próprios lábios do divino Mestre, como os primeiros discípulos: ‘Senhor, ensina-nos a orar’ (Lc 11,1). Na oração, desenrola-se aquele diálogo com Jesus que faz de nós seus amigos íntimos: ‘Permanecei em mim e eu permanecerei em vós’ (Jo 15,4). Essa reciprocidade constitui precisamente a substância, a alma da vida cristã, e é condição de toda a vida pastoral autêntica.” (n. 32).

Precisamos hoje aprender a “não dar por suposta” a oração, ou seja, convencer-nos que é sempre necessário aprender a rezar. Por mais que tenhamos avançado no caminho da intimidade com Deus, por mais que estejamos em contato com a Palavra de Deus, com os Sacramentos, a vida litúrgica e o ensinamento da Igreja, precisamos nos convencer que somos sempre aprendizes na oração; precisamos sempre reservar tempo, servir-se de uma boa leitura, dedicar-nos a oração silenciosa diante do Sacrário, para podermos fazer a experiência do encontro com o Senhor que fala no silêncio do coração.


Santa Teresa de Ávila, Doutora da Igreja nos caminhos da oração, afirmava: “Quando o coração reza, Deus atende!”. Desta afirmação se aprende que é preciso rezar com o coração, ou melhor, levar o coração à oração para que nossa oração seja autêntica e corresponda aos desígnios de Deus. Os salmistas são depois de Jesus os que melhor expressam isso para nós: diante de Deus não escondem suas aflições, suas lutas, sua pobreza e miséria, sua esperança ilimitada. Rezam o que vivem, e vivem o que rezam! Na oração, deixam o coração extravasar diante de Deus!


Diante da tentação daqueles que afirmam que a vida é oração, devemos responder que sem oração a vida se esvazia, e a fé se enfraquece; tudo seu reduz ao próprio esforço, correndo o risco de fazer só o que convém, deixando pouca margem à ação de Deus e a aceitação da Sua Vontade!


Nos nossos projetos pessoais e programas pastorais não subestimemos a oração! Ao contrário, façamos dela prioridade e não tenhamos medo de nos lançar numa verdadeira pastoral da oração. A oração não resolve de imediato nossos problemas, mas nos dá força e serenidade para enfrentá-los! A oração não se contabiliza, mas permite olhar a nossa vida com um novo olhar, o olhar de Deus que não se cansa de nos esperar, para dar-nos a luz e a alegria necessárias para avançarmos e alcançarmos novas metas e atingirmos nossos ideais.


Dom Milton Kenan Junior


Bispo Auxiliar de São Paulo


Vigário Episcopal para a Região Brasilândia


Blog - http://kenanepiscopal.blogspot.com

novembro 06, 2011

FESTA DO SORVETE!!!



A Pastoral da Criança convida a todos  para a 1ª Festa do Sorvete da Comunidade São José Operário. O evento vai acontecer no dia 12 de novembro de 2011 a partir das 14h. O convite custa R$ 1,00 ( 2 bolas de sorvetes).

Participe e traga seus amigos!!!

novembro 02, 2011

COMEMORAÇÃO DOS FIEIS DEFUNTOS: COMEMORAÇÃO DA VIDA!!!



Por Keli Ferreria dos Santos

Celebramos no dia 02 de novembro de 2011 às 09h na Paróquia São José Operário a Santa Missa dos Fíeis Defuntos.  

Neste dia dos falecidos podemos cair na tentação de ficar presos à realidade da morte, como se ela fosse a úlitma palvra. Afinal, Cristo ressuscitou! Ele venceu a morte! Ela é a passagem para a vida eterna com Deus.

Dessa forma, repetimos o que o senhor disse:  " Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância" . Celebramos a esperança sobre a morte. Saudade sim, tristeza não.

novembro 01, 2011

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

1 de Novembro


Hoje, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.
"Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: 'Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' "(Mt 5,48) (CIC 2013).

Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: "Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles".

Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7,9).

Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus" (Ef 2,19).

Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: "O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos." "A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028).

Todos os santos de Deus, rogai por nós!