Meus irmãos e irmãs,
O mês de agosto, que há pouco iniciamos, é rico de comemorações que merecem de nossa parte uma reflexão sempre mais aprofundada.
Comemoramos nos diversos domingos deste mês, as diversas vocações que enriquecem a Igreja. Comemoramos, no primeiro domingo, o DIA DO PADRE, lembrando-nos do exemplo de S. João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars, cuja memória ocorre no dia quatro de agosto e que nos recorda a fidelidade e dedicação dos nossos padres no exercício do seu ministério sacerdotal. Comemoramos, no domingo seguinte, o DIA DOS PAIS, que nos leva a agradecer a Deus pela dedicação dos nossos pais; lembrando que junto deles estão nossas mães, que enchem nossos lares de carinho e doação. No domingo seguinte, na solenidade da Assunção de Nossa Senhora, comemoramos o DIA DA VIDA CONSAGRADA, agradecendo a Deus pela generosa entrega e fidelidade dos nossos irmãos e irmãs religiosos e religiosas, membros de Institutos Seculares, e outras expressões de vida consagrada que enriquecem a Igreja com seus dons e carismas. Finalmente, no último domingo do mês, comemoramos o DIA DO CATEQUISTA, homenageando todos os leigos e leigas, que se dedicam nas comunidades ao serviço da evangelização.
No último dia 10 de agosto, comemorou-se também na Festa de São Lourenço, o DIA DOS DIÁCONOS. Gostaria que lhes chegasse através desta carta minha saudação e meu agradecimento pelo trabalho exercido em nossas comunidades. Deus os sustente e os conserve na sua missão!
A riqueza das vocações que manifesta a vitalidade da Igreja nos obriga a refletir sobre nosso compromisso para o surgimento e perseverança delas. Toda Igreja é responsável pelo surgimento e pela perseverança das vocações. Um primeiro compromisso é o da oração. Jesus diz aos discípulos: “A messe é grande, mas faltam operários. Pedi ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe.” É preciso rezar e rezar sempre pedindo a Deus que desperte vocações a serviço da sua Igreja. Da mesma forma é necessário demonstrar nosso compromisso com as vocações, animando os vocacionados e, procurando criar em nossas comunidades uma “cultura vocacional”, onde cada um se dê conta do seu chamado e, ao mesmo tempo se empenhe por fazer com que todos procurem responder generosamente ao Deus que não cessa de chamar.
Entre os dias 11 e 17 de agosto, ocorre em toda a Igreja do Brasil a Semana da Família, cujo tema neste ano é: “Transmissão e Educação da Fé Cristã na Família”. O Papa Francisco na sua Mensagem dirigida para esta Semana, diz: “Queridas famílias brasileiras. Guardando vivas no coração as alegrias que me foram proporcionadas durante a recente visita ao Brasil, me sinto feliz em saudá-las por ocasião da Semana Nacional da Família, cujo tema é “A transmissão e a educação da fé cristã na família”, encorajando os pais nessa nobre e exigente missão que possuem de ser os primeiros colaboradores de Deus na orientação fundamental da existência e a segurança de um bom futuro. Para isso, “é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento de fé dos filhos” (Carta Enc. Lumem Fidei, 53). Neste sentido, os pais são chamados a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que recebem uma nova luz da Revelação de Deus. De modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, especialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e transmissores da sabedoria da vida. Fazendo votos de que vocês, queridas famílias brasileiras, sejam o mais convincentes arautos da beleza do amor sustentado e alimentado pela fé e como penhor de graças do Alto, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo a Bênção Apostólica. Francisco”
Na comemoração da Semana Nacional da Família, recordemos na oração as famílias Bovo e Pesseghini, vítimas da tragédia do último dia cinco de agosto, na Vila Brasilândia. Numa mensagem de pesar e solidariedade, em nome da Arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo e eu assim nos expressamos: “Durante a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco falou em mais de uma ocasião sobre o combate à violência e fez, inclusive, menção direta a um outro capítulo trágico da história do nosso país, ao recordar o aniversário da chacina de oito meninos no centro da capital carioca. “Candelária, nunca mais. Violência, nunca mais, só amor”, apelou o Papa. Aos jovens de uma comunidade pobre no subúrbio do Rio, o Pontífice garantiu a proximidade da Igreja, “trazendo-lhes o bem precioso da fé, de Jesus Cristo, que veio ‘para que todos tenham vida, e vida em abundância’” (Jo 10,10). “Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumar ao mal, mas a vencê-lo com o bem”, insistiu, ainda, o Papa Francisco.
Que essas palavras dele entre nós nos guiem e deem esperança de que fatos como esse, ocorrido na Vila Brasilândia, nesta semana, não voltem a nos surpreender tão negativamente. Elevamos orações a Deus pelas vidas ceifadas nesta tragédia, e pelos seus familiares, que vivem este momento com profunda dor e consternação. Que Deus os conforte! E, para todos nós, resta a missão de continuar a crer nos frutos bons de uma educação humana integral das crianças e adolescentes. Nunca percamos a esperança, nem desanimemos!”
Meus votos para que em todas as comunidades a Semana da Família seja vivida com intensidade e, que renovando o compromisso em transmitir e educar na fé no seio das famílias as nossas gerações, possamos ver surgir entre nós uma “cultura de paz” e muitas vocações a serviço de Cristo e da Igreja.
No dia quatro de agosto, primeiro domingo do mês, quando comemorávamos o dia do Padre dei posse como administrador paroquial da Paróquia São Luís Maria Grignion de Montfort, ao Pe. Alessandro Zanta, italiano, membro da Comunidade Missionária Villa Regia e, no mesmo dia, à noite, dei posse de Pároco ao Pe. Cilto José Rosembach, e Vigário Paroquial ao Pe. Daniel Francis McLaughlin, MM na Paróquia São José de Perus. Quero agradecer a generosidade destes padres que atenderam meu pedido.
No próximo dia vinte e quatro de agosto, estarei dando posse ao Pe. Adriano Robson Rodrigues como Pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, às 18h.
No dia doze de julho foi apresentado à Paróquia Santa Izabel-Santa Luzia o Pe. Diogo Cassiano Maciel, do clero de São João da Boa Vista, que foi acolhido entre nós para administrar a referida paróquia. A sua posse como administrador paroquial está prevista para o próximo dia oito de setembro, às 18h na Matriz de Santa Luzia. Foi também acolhido o Pe. Genival Lima da Silva, da Diocese de Tocantinópolis-TO, para atender aos finais de semana a Paróquia Nossa Senhora do Carmo, enquanto aguardamos a recuperação do Pe. Vladimir.
A todos os padres que para atender a solicitação da Região Episcopal se dispuseram a uma transferência na metade do ano e aos que foram acolhidos entre nós, o meu mais sincero agradecimento e votos de abundantes graças para o seu ministério, a serviço do povo que lhes é dedicado.
Sem mais, despeço-me invocando sobre todos abundantes graças divinas!
Em Cristo Jesus, nosso Irmão e Salvador, unido à sua Mãe,
Dom Milton Kenan Júnior
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal da Região Brasilândia
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